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São Luís chega a 30 bairros afetados por falta de ônibus após greve na Expresso Marina

Trabalhadores da Expresso Marina paralisaram as atividades por atraso de salários, em São Luís Juvêncio Martins/TV Mirante Trabalhadores rodoviários da Exp...

São Luís chega a 30 bairros afetados por falta de ônibus após greve na Expresso Marina
São Luís chega a 30 bairros afetados por falta de ônibus após greve na Expresso Marina (Foto: Reprodução)

Trabalhadores da Expresso Marina paralisaram as atividades por atraso de salários, em São Luís Juvêncio Martins/TV Mirante Trabalhadores rodoviários da Expresso Marina entraram em greve, nesta segunda-feira (17), reduzindo o transporte público por ônibus em cerca de 17 bairros em São Luís. Somando à greve dos rodoviários na empresa 1001, já são mais de 30 bairros afetados. Veja a lista: Alto do Turu Cajupary/Nova Vida Cidade Olímpica Cidade Operária/São Francisco Cohatrac Forquilha Ipem Turu Janaína Riod José Reinaldo Tavares Maiobinha Mato Grosso Parque Jair Parque Vitória Pedra Caída Recanto Verde Ribeira Santa Clara Socorrão/Rodoviária São Raimundo/Bandeira Tribuzzi Tajaçuaba Tajipuru Tibiri Tropical/Santos Dumont Tropical/São Francisco Uema Ipase Vila Aparecida Vila Cascavel Vila Esperança Vila Isabel Cafeteira Vila Itamar Vila Lobão Vila Vitória Viola Kiola Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito, o motivo da paralisação dos motoristas da Expresso Marina também é por atraso de salários. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do MA em tempo real e de graça A empresa Expresso Marina ainda não se pronunciou sobre o assunto. Já a Prefeitura de São Luís afirmou que as empresas têm colocado apenas 80% da frota em circulação, de modo que continuará se recusando a pagar 100% do subsídio pago ao transporte público - que é o motivo alegado pelo Sindicato das Empresas do Transporte (SET) pela falta de pagamento de salários. "A Prefeitura de São Luís informa que os empresários de transporte têm colocado apenas 80% da frota em circulação, descumprindo o contrato e prejudicando a população. Ainda assim, reivindicam o pagamento de 100% do subsídio. O município esclarece que pagamento de 100% do subsídio só será feito, quando 100% da frota estiver operando nas ruas. Como medida emergencial, a Prefeitura irá pagar corridas por aplicativo para as pessoas afetadas pela paralisação da empresa. O município segue acompanhando toda negociação entre empresários e trabalhadores e também adotará medidas administrativas e judiciais contra a empresa", diz a nota da prefeitura. LEIA TAMBÉM: Com paralisação dos rodoviários da 1001 em São Luís, prefeitura oferece corrida por app para candidatos do Enem Rodoviários da empresa 1001 paralisam frota em São Luís após atraso de salários Greve dos rodoviários já dura quatro dias Os rodoviários da empresa de ônibus 1001 estão sem trabalhar desde a última sexta-feira (14), em São Luís, durante um protesto motivado pelo atraso de salários e pela falta de pagamento do plano de saúde, ticket-alimentação e outros benefícios. A paralisação continuará, segundo o Sindicato dos Rodoviários, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET) apresentem uma solução. Além da 1001, outras empresas que operam no transporte público de São Luís podem aderir ao movimento pelas mesmas questões. Paralisação total atinge moradores de 15 bairros e deixa usuários sem ônibus em São Luís. Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante SET acusa prefeitura de não pagar subsídios; Braide exige 100% da frota O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) afirmou que a crise no sistema de transporte público da capital se agravou pela falta de repasse de subsídios da Prefeitura, que já somam cerca de R$ 7 milhões. Segundo o sindicato, os recursos são essenciais para manter a operação e pagar salários dos rodoviários. O repasse está previsto em acordo homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), mas, de acordo com o SET, vem sendo descumprido pelo município. A entidade alerta que, sem a regularização, há risco de paralisação total do sistema. Desde fevereiro, por decisão liminar do TRT-MA, apenas 80% da frota de ônibus circula em São Luís. A medida foi determinada para garantir atendimento mínimo à população durante greves. O SET afirma que cumpre a decisão e está à disposição para diálogo. O prefeito Eduardo Braide (PSD), por sua vez, declarou nas redes sociais que o pagamento integral dos subsídios só será feito se 100% da frota voltar às ruas. “Os empresários só estão rodando com 80% da frota, e mesmo assim querem receber 100% do valor do subsídio, algo que não vou aceitar. Se quiserem receber 100%, terão que rodar com 100% da frota”, afirmou. A frota reduzida foi fixada em fevereiro, quando a última greve dos rodoviários terminou por decisão da desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva. A liminar também estabeleceu reajuste de 7% nos salários e 10% no auxílio-alimentação. O SET afirma que não houve avanço nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 e que o impasse continua. Em ofício enviado à prefeitura em 7 de novembro, o sindicato classificou o cenário como de “insegurança jurídica, social e econômica” e acusou o município de se recusar a firmar acordo. “A recusa do Município de São Luís em negociar perpetuou o conflito coletivo e retirou a possibilidade de Convenção Coletiva neste ano, prejudicando direitos e garantias de empregados e empregadores”, diz o documento.